PODER, POLÍTICA ORGANIZACIONAL E SUA INFLUÊNCIA NA GESTÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: O CASO DE EMPRESAS DE ÓLEO E GÁS QUE ATUAM NO BRASIL

Resumo: 

O objetivo deste estudo foi analisar a influência das relações de poder na gestão da responsabilidade social em empresas do setor de óleo e gás atuantes no Brasil. Após levantamento bibliométrico, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa em uma amostra por conveniência, no setor de óleo e gás brasileiro. Os resultados demonstraram que as práticas de RSC são fundamentadas principalmente pela teoria dos stakeholders e pela teoria institucional. Observou-se uma dicotomia entre teoria e prática, ao se aferir que os acionistas são os que têm maior influência sobre as decisões do negócio. A interferência das relações de poder nas instituições normatizadoras e na definição de padrões e indicadores de RSC ou de Sustentabilidade pressupõe a prevalência de interesses empresariais na configuração das dimensões e temas que compõem este tipo de gestão. A pesquisa concluiu que as relações de poder interferem tanto nas decisões das dimensões e temas da RSC priorizados, como também na sua gestão. Considerando-se a relevância da participação das organizações do setor investigado neste estudo e sua relação com os temas poder e política organizacional, sugere-se pesquisar, seguindo uma perspectiva entrópica, de maneira mais aprofundada, se a prevalência dos interesses dos acionistas em questões de RSC acaba por prejudicar a eles próprios e ao sistema onde estão inseridos. Também seria interessante estudar como se dão as relações de poder entre os diferentes atores que integram estas instituições e como isto impacta a gestão da RSC.

Palavras-chave: Poder na gestão de RSC; Política Organizacional; Gestão da Responsabilidade Social Corporativa; Sustentabilidade; Stakeholders;

Data da defesa: 
quarta-feira, 31 Outubro, 2018 - 13:30
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